segunda-feira, 28 de junho de 2010

O que seria de mim?

O que seria de mim sem mamãe
Sem os enfermeiros
Médicos
Sem o jardineiro que cuida da vida dos jardins
para que eu me encante com as flores
Sem o padeiro
O sapateiro
Sem as cores
O agricultor
O lavrador
Os garis
Os operários
Sem os capitães dos navios
Sem as camareiras
Os homens que trabalham nas caldeiras
Os desempregados cheios de anseios
Sem as serventes
Os músicos
A florista
Sem as prostitutas que sofrem com homens brutos
e sem suas lágrimas para me ensinar a viver...
O jornaleiro
O feirante
O dentista
O carpinteiro
Sem as auxiliares de enfermagem
Os escritores
Sem os que fazem bonecas
O doceiro
O pipoqueiro
Os pedreiros
Os construtores
A balconista
As mocinhas suspirantes
As crianças
Os jovens
Os idosos
Os amigos
Sem os técnicos ortopédicos
que me ajudaram voltar a andar
O sorveteiro
Sem os mestres
As costureiras
As rendeiras
A roda-gigante
O garçon
Os pintores
Sem a professora de ginástica
As fisioterapeutas
Sem vovô
Sem papai
Sem o amor...
O palhaço
Sem a dor...
A equilibrista
Sem o brilho dos olhos
Sem as pessoas e suas histórias
o que seria da minha história?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Por um momento olhou em suas mãos vazias, abertas, as palmas viradas para cima e sentiu o vento que tocava sua pele, lento. Naquele instante seus pesamentos não existiam, só o que conseguia era enxergar, sentir e ouvir o ambiente. Grande silêncio em seu espírito chegou. Diante desse vazio que de alguma maneira era recheado de paz, colocou-se a disposição do desconhecido recém-chegado. Não julgou, não pensou, não se moveu.
Acolhendo o momento ficou observando o tempo parar.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Será?

Talvez as aves do céu não sejam as únicas que podem voar
Talvez a lua não seja a única a seu brilho espalhar
Talvez o sol não seja o único a nos esquentar
Talvez as flores queiram cantar
Talvez possamos viver a bailar
Talvez o talvez não exista
Talvez a vida seja apenas olhar...
Talvez a morte seja mesmo o fim da linha
Talvez o real seja ilusão
Mas dentro do meu coração
tem uma canção que não para de tocar
Talvez não importe saber...
Quem sabe viver?
Talvez somos mais do que sonhamos
ou talvez paramos de sonhar...
Talvez um dia deixemos com verdade
uma lágrima de nossos olhos escorregar
ou permitir que nosso coração se alegre
quando o sino da igreja soar...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Doce sol da minha vida

Queria tardes inteiras de abraços e beijos
Queria sentir teu abraço eternamente
Queria colar seu sorriso fresco e sonado em minha alma
para quando uma lágrima escorrer de meus olhos
meu coração esteja cheio do seu amor...
Queria que a água da chuva não parasse de chover
Queria que as crianças não parassem de correr...
Queria contigo sol toda manhã amanhecer...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naquele tempo, Nabot de Jezrael possuía uma vinha em Jezrael, ao lado do palácio de Acab, rei de Samaria. Acab falou a Nabot: "Cede-me a tua vinha, para que eu a transforme numa horta, pois está perto da minha casa. Em troca eu te darei uma vinha melhor, ou, se preferires, pagarei em dinheiro o seu valor".
Mas Nabot respondeu a Acab: "O Senhor me livre de te ceder a herança de meus pais". Acab voltou para casa aborrecido e irritado por causa desta resposta que lhe deu Nabot de Jezrael: "Não te cederei a herança de meus pais". Deitou-se na cama, com o rosto voltado para a parede, e não quis comer nada.
Sua mulher Jezabel aproximou-se dele e disse-lhe: Por que estás triste e não queres comer?
Ele respondeu: "Porque eu conversei com Nabot de Jezrael e lhe fiz a proposta de me ceder a sua vinha pelo seu preço em dinheiro, ou, se preferisse, eu lhe daria em troca outra vinha. Mas ele respondeu que não me cede a vinha".
Então sua mulher Jezabel disse-lhe: "Bela figura de rei de Israel estás fazendo! Levanta-te, toma alimento e fica de bom humor, pois eu te darei a vinha de Nabot de Jezrael".
Ela escreveu então cartas em nome de Acab, selou-as com o selo real, e enviou-as aos anciãos e nobres da cidade de Nabot. Nas cartas estava escrito o seguinte: "Proclamai um jejum e fazei Nabot sentar-se entre os primeiros do povo, e subornai dois homens perversos contra ele, que dêem este testemunho: 'Tu amaldiçoaste a Deus e ao rei!' Levai-o depois para fora e apedrejai-o até que morra".
Os homens da cidade, anciãos e nobres concidadãos de Nabot, fizeram conforme a ordem recebida de Jezabel, como estava escrito nas cartas que lhes tinha enviado. Proclamaram um jejum e fizeram Nabot sentar-se entre os primeiros do povo. Chegaram os dois homens perversos, sentaram-se diante dele e testemunharam contra Nabot diante de toda a assembléia, dizendo: "Nabot amaldiçoou a Deus e ao rei". Em virtude disto, levaram-no para fora da cidade e mataram-no a pedradas.
Depois mandaram a notícia a Jezabel: "Nabot foi apedrejado e morto". Ao saber que Nabot tinha sido apedrejado e estava morto, Jezabel disse a Acab: "Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael não te quis ceder por seu preço em dinheiro: pois Nabot já não vive; está morto". Quando Acab soube que Nabot estava morto, levantou-se para descer até a vinha de Nabot de Jezrael e dela tomar posse.

domingo, 13 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

Segredo da mamãe

Mamãe me apresentou a água de cogumelo e eu fiquei hesitante em beber. Agora todos os dias pela manhã ela me acorda trazendo um copo nas mãos, pede para eu tomar água e diz que esta vai curar meus rins. Na inocência de minha mãe ela acredita que estando eu sonada, não percebo o gosto diferente que possui o cogumelo.
É bonito e singelo ouvir minha mãe mentindo por amor e carinho. Vejo em seu rosto um sorriso de alívio e de quem esconde um segredo travesso. Ela me engana para me dar remédio e só posso fingir que continuo a beber água pura.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Madonna

"Eu definitivamente realizava minhas fantasias brincando com minhas Barbies. Eu as vestia com sarongues, mini saias, essas coisas. Elas eram sexy e transavam o tempo todo. Eu esfregava muito elas no Ken. Elas eram umas vadias, cara. A Barbie era malvada".