quinta-feira, 31 de março de 2011

Vem brincar comigo...

Vamos brincar.../Venha me pegar/escondo e você vem achar/Deixa eu os seus cabelos enrolar no meu polegar/ Vem em mim se esfregar/Vamos apenas brincar/ sem hora para voltar/ Rir sem controle/ Amar sem pudor/Rir de nós mesmos/ Sorrir por sorrir/ Sonhar por sonhar/ Vamos sem destino, sem sentido/ Sem hora de chegar/ Sem nada pra explicar/Vamos apenas brincar

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vida

O azul imenso do mar lá longe
desenha o horizonte,
uma linha suave que se confunde com o céu
onde misteriosamente o sol se esconde
No momento em que o sol toca as águas do mar,
em que o fogo toca a água aí está a vida...
Quem a tem jamais morrerá
Em cada partícula, em cada toque do sol no mar
dança a eternidade.
Não menosprezo meu passado, ele se tornou uma ponte até onde estou. Independende de por onde caminhei, meus pés cansados ficaram doloridos, com a pele mais grossa e não o chão...a grande escola é a vida. Agradeço a ela pela oportunidade de todos os dias me reinventar, de ter quem me fale sobre vida e morte.
Desde o motorista de bigode do ônibus que me leva a escola todos os dias até os mestres, agradeço madame vida...

terça-feira, 22 de março de 2011

Vivo dividida entre a devassidão e a pureza.
Ambos parecem santificar minha vida, a tornam religiosa...

segunda-feira, 14 de março de 2011

O sonho de Camila

Camila se acariciou nas pernas devagar e levemente. Sua mão direita chegou perto de sua virilha quente e suada.
Ao acariciar sua vagina percebeu que seu clitóris havia crescido significativamente. Estava tão grande quanto um pênis. Ela não parou de esfregá-lo e sentia a necessidade de enfia-lo em algum lugar quente, fundo e apertado.
Depois de gozar se levantou e achou graça de ter algo tocando em suas pernas conforme se seguiam seus passos. Aquele pênis encostando em sua pele lhe fazia cocégas.
Ela pensou: Como os homens conseguem ter algo balangando entre as pernas enquanto andam?
Camila achou divertido ter um pênis, mas no momento em que estava devorando uma bela puta, Camila acorda assustada, atrasada para o trabalho.

segunda-feira, 7 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

O título são todos

De onde vem a loucura de achar que poderia me conhecer? Acabei por criar uma imagem de mim mesma, um sofrimento, uma amargura desnecessária. Sofrendo por aquilo que acreditava ser o motivo, mas crio a mim com a mesma facilidade com que crio meus desenhos. Sinto pela criação, mas não sei onde está a verdade. Acho que a única coisa real é que sou igual, sou um mundo entre tantos outros.
A pintura, o desenho, a escrita são a ilusão que me achega a verdade.
Pensar assim me deixa calma, tão tranquila...sem responsabilidade. Sou apenas uma garota qualquer, uma alma a buscar como tantas outras. Tiro dos meus ombros a responsabilidade e me sinto leve, nua, muda, nenhuma, diluída, inexistente, uma alma penada, perdida. O que faço não precisa ter nome, nem motivo. Meu planeta colorido é livre e belo. Sou ninguém e tudo o que eu fizer não pode mais mudar isso, pois também sou tudo: o tudo e o nada, a abelha e o mel, a cigarra e a viola, sou letra e canção, sou esperança e desespero, ódio e amor, morte e vida. Vivo sem motivo e a vida se torna o motivo. Pego a mangueira do quintal e ponho a boca na curva de àgua suspensa no ar e isso é a vida inteira... Ser uma só é me resumir demais, prefiro ser o mundo inteiro. Desapareço no mesmo instante que paro de me preocupar. Fazer, não fazer, pensar, não pensar vira questão de gosto. Desgosto é ter de ser meu personagem totos os dias, cansei disso por hoje.
Estou cansada em pensar se sou. Quero apenas ser. Sempre acabo sendo o que tenho de ser.
Cansei de me sufocar, de tentar não escandalizar demais, de ter tanta caridade. Estou magoando quem amo do mesmo jeito, então se é para ferir, firo de uma vez só. Não temos que nos desculpar. Somos todos loucos.
A dificuldade está toda em minha mente que vive mentindo para mim.
Continua sendo estranho, novo e desconcertante, mas isso sou eu e se quiser ter um pouco de paz tenho que me dar um pouco às costas. Afinal não sou a mais importante na vida, mas a mais importante em minha vida.
As capacidades quantitativas não surgem em maior número nos indivíduos por diversas razões e as qualitativas vivem sufocadas porque o homem ainda não aprendeu a aprender.
Talves depois de tanto aprender o maior e mais difícil aprendizado seja desaprender.

sábado, 5 de março de 2011

Habanera - Bizet

Sou qualquer coisa a brincar entre os mundos...

O que as regras e leis fazem ao espítirito?
Prefiro conversar com o vendedor de verdura, a moça que varre o chão da rodoviária, o motorista do ônibus, os idosos sentados nas praças, os que estão na fila do posto de saúde, os bêbados que chegam todos à vontade fazendo brincadeiras, contando suas decepções e chorando do que com os eruditos.
Com toda sua ignorância essas pessoas simples conseguem ter no olhar o brilho da sinceridade inocente. Há nelas algo que nenhum estudo, nenhum conhecimento pode alcançar.
Somente as almas que se abrem ao desconhecido e não tentam entender coisas que para sempre serão mistério tem esse olhar e mesmo sem entender as conseguem viver profundamente.