quarta-feira, 7 de abril de 2010

Talvez um casal urbano


Ele é do tipo menino preguiçoso que vive trancado dentro de seu quarto. O quarto é seu mundo: cama desarrumada com lençóis e cobertores emaranhados, posters de bandas de rock meio rasgados e antigos na parede, o cesto de roupas lotado, roupas espalhadas pelo chão, na mesinha ao lado da cama os restos de pizza da noite anterior e aquela lâmpada fraca pedindo para ser trocada.
Esse moço passa o dia em seu computador e comendo todo o tipo de guloseimas e gorduras possíveis.

Ao entrar em seu quarto é comum escutar o som do video game ligado que ele está prestes a zerar e ver pacotes de salgadinhos e garrafas de refrigerantes espalhados por todos os cantos.

Esse seu jeito fascina o coração de uma menina. Existe uma menina que fica feliz em ver seus olhos pregados no monitor tentanto passar de fase num jogo. Existe uma menina que sonha em se lambuzar de pizza, catchup e coca-cola ao lado dele, que quer tentar jogar com ele video game mesmo sabendo que vai perder, que quer deitar em sua cama desarrumada e sonhar, que quer assistir um filme nos braços dele, que quer brincar com os animais dele, quer andar pelas ruas com ele e parar para ler um gibi da última edição do Batman na banca do seu Antônio, quer dar uma volta com ele no shopping e se entupir de comida fast-food, andar de ônibus abraçadinhos, vendo as luzes da metrópole no caminho até a universidade e simplesmente amar esse cara grandão que a protege em seu coração.

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