quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Le Corvos

Os corvos vivem mentindo para sua própria existência. Entre eles o mundo é negro de alegrias falsas e plásticas com cheiro de estrume. Fazem tudo para serem infelizes e não sabem. Seguem passos velhos fincados em solos de cimento cinza e banhados de lágrimas. Seus ninhos fedem, sua comunidade me causa vomitos noturnos. Tudo é negro. Suas celebrações são gritos de desespero. Por baixo de cada pena morta há uma pena viva, mas eles nunca lhes dão asas...preferem voar baixo e ciscar as migalhas do chão.

Smile

Estou na completa solidão. Cada vez mais me sinto só. Agradeço aos meus amigos que se aproximam da minha alma. Sei que essa solidão estará comigo a vida toda, pois já não pertenço a este mundo. Acho que estou no universo brincando entre as estrelas e pegando carona na cauda dos cometas, dando piruetas no ar. As vezes me é pesado estar tão só e me veêm as lágrimas, mas me lembro de Michael Jackson e Charles Chaplin. Eles diziam: Smile...apenas sorrir... e posso parar de soluçar e dormir aconchegada.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Despedida

No mar deito minha cabeça
deixo a água encobrir meus ouvidos e adentrá-los
Meus olhos veem o céu cor-de-rosa e azul imenso...
A água que entope meus ouvidos me faz silenciar
como jamais faria...
Vendo alí deitada a imensidão da vida
Pássaros voando alto...
As nuvens calmas no final do dia...
Alegria contida num pequeno sorriso
O corpo leve se movimentando suavemente
E o choro feliz em mim correndo ardente.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mundo de plástico - O mago das trevas

O que você acredita é uma mentira. O que sua mente acredita é mentira. Mentiram para você. Tudo em seu mundo é de plástico. Veja: as flores são de plástico, o amor, os amigos, sua casa, sua vida...tudo é de plástico. Tudo em que você acreditou até hoje é falso. Deste ouvidos as vozes comuns e não a voz que grita no deserto. Entre e descubra o perfume das flores de verdade.Você hoje é de plástico. Não se faça de bobo, mas enfrente o mundo de plástico antes que ele plastifique também seu coração. Há uma saída. O preço é viver nas trevas, mas você não tem medo de escuro não é ?

Desireless - Voyage Voyage

A-ha - Take On Me (Official Music video)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Amy Winehouse - Tears Dry On Their Own

Sozinha

Lembrar é aumentar a saudade
Por isso prefiro no meio da noite fechar os olhos e escutar o disco rodar
no escuro da sala de estar
Só a melodia da música no ar
um gosto de vinho ao paladar
No escuro me deixe estar...
A solidão não causa abalos
Branda, chega e faz morada em meu coração
Quieta permaneço
Sem pensar, sem agir
sem uma palavra proferir
Me sento a música ouvir
Faço dedos de quem pega um cigarro imaginário
A canção segue a badalar
No escuro me deixe ficar...

Erik Satie "Trois Gymnopédies"

Amy Winehouse


Será em algum lugar por aí alguém capaz de ver sua beleza, entender sua dor...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

musica romantica japones

MUSICA AMBIENTAL mis respetos y agradecimiento

Historinha

A mãe e o filho na loja de doces:
- Mamãe compra um pirulito para mim?
- Tem muitos sabores e tamanhos. Qual você quer?
O menino pensa alguns instantes olhando os doces deslumbrado...
- Quero aquele com embrulho azul, aquele pequenino.
- Espere um pouco vou fazer umas contas.
Algum tempo se passa e a mãe do menino pede ao doceiro um doce de banana caseiro sem açucar e entrega ao menino.
- Mas mamãe, quero o pirulito de embrulho azul...
- Filho, mamãe só está pensando na sua saúde não é saudável chupar aquele pirulito.
- Então por que me deste a liberdade de escolher se você já decidiu o meu destino?
"Quando um adulto olha algo já tem vontade de dizer o que aquilo é. Quando uma criança olha algo já tem vontade de perguntar: o que é?."

No - Name
Já estou ficando acostumada com as pessoas falando comigo como se eu não existisse. É comum no mundo delas.

Para quê dizer?

Sabemos falar bastante. Blá, blá, blá. Não há nada de errado em falar. Admiro a eloqüencia, mas nos falta algo...algo de vida nas palavras, algo de íntimo, algo de verdade...mesmo estas palavras vão voar com o vento...talvez pousem em algum lugar distante ou voem para sempre...são livres, andarilhas...Viva a vida louca!

New Teacher 1080 HD

Existo ou não existo?

O tudo abrange o eu. Não há como se sentir marginalizado quando sabendo se sente parte do tudo. Não se é maior ou menor. Apenas se faz parte. Você é o tudo e o tudo é você. Não há como se sentir alheio, maior...fui gerada no tudo e morrerei no tudo, mas um não anula o outro, por isso lutarei por mim e que o tudo dance comigo e a minha volta...

Se as pessoas não me veem não quer dizer que eu não esteja lá...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Hildegard Rosenthal - Fotógrafa


"Não faz diferença se cursei faculdade ou não. Para eles sou mais uma cabeça de alfinete."

Maria de Lourdes

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Não sei...

Não sei. O que fazer ao levantar? O que dizer ou perguntar? Quando falo traduzo tudo errado. Não sei o que me importa. Tudo é tão breve...se desmancha como neve diante de meus olhos...tudo...Para onde correr? Nem ao menos quero sair do lugar. Onde está a direção? Sigo no escuro tateando o que ainda acho verdadeiro...tudo é um sonho...as noites de natal...as luzes de natal...será que vejo o que é ou o que desejo? Lembro-me do sorriso de meus avós e do sol iluminado seus cabelinhos brancos pela manhã. Sinto falta deles é verdade...me surge um sorriso quando lembro do pentinho de plástico que minha avó ajeitava em seus finos cabelos...Sou tantas que não faz diferença a razão ou o sentimento. Qual é mais importante? Os dois apenas existem...existem em mim, em nós. Qual o motivo? Qual o começo e o fim? Certo, errado nem sei mais o que é isso...se é inventado melhor...deixe meu sorriso e minha imaturidade aflorarem...pois um sorriso amargurado fere os lábios e o coração ainda mais. Não sei como devo viver, já estou vivendo. O que sei? Não sei como amar, já estou amando...deixe-me rodopiar sem rumo pela vida, ela acabará mesmo em morte...tanto faz...Não quero me esquecer da beleza...Não aguento mais...suplico a mim: me liberte! Céus! Não é muito inteligente gostar de folhas e pele das pessoas, mas a inteligência não me trouxe metade do que significa para mim o teu abraço. O abraço não me trouxe esperteza que a razão dá para se esquivar do sofrimento do exagero sentimental. Mas o silêncio...esse me trouxe a paz...Não sei se existe algo que importe e não me importo em descobrir. Quero viver simplesmente. Não sei o que fazer. Faço, pois tenho de viver. Estou em caos. Mas me apaziguo nele. Não sei me expressar...me conhecer? talvez não tanto...isso já não é um desejo. A vida se tornou meu desejo. Tenho dívidas comigo...dívidas de amizade para comigo. Não quero mais deixar o tempo sozinho, talvez depois de amigos possa pedir para ele parar só um pouquinho até tomar mais fôlego...Ah! doce ilusão...o tempo não é amigo nem inimigo de ninguém. É um mistério que corroe os ossos...Sou uma criança que acabou de aprender os primeiros passos todos os dias.

domingo, 12 de dezembro de 2010

sábado, 11 de dezembro de 2010

Coser a tremer (versão colorida)

No sobe e desce da linha no paletó a se enfiar
Costura cotovelos rasgados...
Como em uma gangorra brinca
Dá frio na barriga
Linhas coloridas balançam o linho
O senhor paletó emburrado
ganha sorrisos e nariz de palhaço
Essa linha sapeca só sabe tremer
obedece a mão da vovó que já não a obedece...
Brinca esbanjado sobre a seriedade do velho paletó
Colorindo o mundo uniforme se desmancha nele
O carretel fica pelado e o cometa agulha sem cauda,
mas vovó conseguiu colocar alegria em uma cara amassada...

Coser a tremer

As mãos trêmulas cosem com linha azul um guardanapo branco
Nas linhas tortas o caminho osciloso vaga
Caminhando, caminhando as mãos fracas seguem seu trecho de pano
seguem seu trecho de um mundo poroso e pequeno
No sobe e desce da linha pregada nos buraquinhos em fila
Ondas de um mar azul céu surgem sem querer...
Pensando reto a cabeça e as mãos fazendo ondas
Elas não dão ouvidos a cabeça. Ela nunca faria um mar como este.

Alfazema


Desse jeito você vai ficar louca. Cadê você? Entenda as pessoas querida. A natureza delas é esta e elas estão com boas intenções chamando você, mas delicadamente diga não.
A doçura da tua vida é só tua...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Todo o tempo, o tempo todo.
A dança não para e quem quiser dançar
vai ter que suar
Aprender a desaprender é tortuoso,
mas vale a vida.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Como fome

Por vezes precisamos ser como ervas-daninha. Nos cortam, machucam, mas não conseguem nos cortar pela raíz, pois está forte e então nascemos novamente.
Como fome há algo pertinente que não me deixa em paz. Diz: viva! pule! dance!...nessa hora não procuro alimento para saciar a fome, me alimento da própria fome. Como a fome.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

A vida é muito vasta para ser pequena. Nossa ânsia a faz parecer-nos curta, mas acredito que ela dure o suficiente. O suficiente é tudo o que temos. A incerteza está presente e é inevitável, pois nada sabemos. O que é morte? O que é vida? A simplicidade está diante de nossos olhos e só o coração pode ve-la.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Quero fazer amor

Quero sentir meu corpo sendo explorado
Meu pudor sendo violado
Quero explorar também
Conversar com outro corpo
Mas sabendo escutá-lo...
Sentir um pênis arrebentando minha
vagina e dançando em meu útero
Quero minha boca cheia dele
Meu corpo guiando meu agir
Quero fazer amor
com você e você
Não é crime nenhum desejar
eu também desejo
Beije meus seios, enfia seu corpo no meu,
me contemple gozando...
Seja feliz...vamos apenas brincar ao por de mais um dia.


Helena Cristina

Poucas palavras

As palavras vão diminuindo, o espírito se aquieta e se conforta por si mesmo se bastando. Abandonando o medo se pode mergulhar em si sem preocupar em afogar-se. Nenhuma palavra é necessária, apenas amor é suficiente para os lábios.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


As velhas partituras

Sobre o piano repousam as velhas partituras
que a pianista fita com olhos atentos
Rabiscadas de anotações a lápis, têm amarelas folhas
Partituras muito investigadas em noites em claro de estudo
As notas alí escritas voam do papel para os dedos
e dos dedos para o ar...
iluminando de som a casa inteira
Dessas velhas partituras saem melodias que estão
no presente balançando agora meu coração.