quarta-feira, 21 de julho de 2010

Inocência e despreendimento

Como a criança correndo para o abraço dos pais, voando leve em direção ao calor do corpo de quem é todo o seu mundo, os seus olhos, a sua luz, podemos nos abrir para essa inocência.
Desejar isso apenas, nos torna deprimidos.
Mesmo ao relacionar-se amorosamente se for inocente, poderá sentir e ver o outro como irmão, filho, amigo, pois amará tudo que existe, amará ao amor e como uma torrente de água se derramará em amor.
Brincar, é leve como brincar. Tudo se tornará leve.
Nós podemos correr para os braços de quem amamos como uma criança. Sem pensamentos e intenções, curtindo o momento em que corremos e ficamos abraçados ao outro.
Quando olhármos nos olhos das pessoas que amamos e ficármos cegos, permanecendo no vazio das almas silenciadas seremos puros.
Podemos sair dançando dando-nos as mãos, mas com as almas despreendidas, voando como as crianças. O corpo dando carinho e as almas tocando a mesma música, pero sem vontade de pertencer a qualquer insegurança que nos parecer segura.
Como um sorvete que derrete ou um balão que baila nos céus, aceitemos com amor nossa fugacidade e vivamos a felicidade.

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