quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O gosto da morte

Tudo fica escuro,
estou andando em tropeços,
esbarrando em móveis
não sei quem sou
Posso ser minha ilusão
minha doce ilusão de mim
Estou morrendo
Tudo aqui parece negro
sem vida, sem cor, sem brilho...
O sol nas folhas antes alegre,
agora é triste aos meus olhos
Minha alma se encolhe e sufoca
Algo quer sair e voar
meu peito é pequeno para suportar
Minha voz é muda e todos os ouvidos se tornaram surdos
Grito! Grito ao infinito...
acho que é uma tentativa de permanecer viva
e beber do velho que ainda resta em mim...
Não sou nada e ninguém, porque me tornei tudo e todos...
Estou perdida em mim, fazendo bobagens pelos cantos,
proferindo palavras que voltam ao meu peito como facas
Louca não temo mais estar, pois algo maior que a loucura mora em mim
Hoje estou morta.

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