sábado, 29 de janeiro de 2011

Como água calma...

Que controle temos sobre as coisas? Sobre o vento, a chuva, o mar, o universo...sobre a vida?
Somos gotas d'água do rio da vida. Essa vida nos precede e não sabemos quando foi seu começo e quando terá fim, se terá fim...Somos ela também, ela não está seperada de nós. Basta olhar, cheirar, degustar, ouvir e tatear. É tão simples.
Estou escrevendo sobre algo que não deveria ser escrito, pois tudo que eu disser é menor do que viver...toda palavra é menor que a vida, mas a palavra pode fazer reviver lembranças esquecidas.
É uma das tentativas da alma de compartilhar seu gozo.
Apenas o silêncio trará tudo que as palavras não conseguem dizer. E quando isso acontece o ser pode repousar em si mesmo. É como uma gota a cair num lago: Ela soa e provoca suaves ondulações na água...
As reticências tentam representar as ondulações e fazem isso melhor que qualquer palavra. As pontuações e acentos representam o sentimento na escrita melhor que belas palavras. Eles modificam o sentido das palavras. É como o sentimento, a alma das palavras. Mas mesmo assim, nada se compara a vida.
A vida está no silêncio do espírito.

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