segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Não sei...

Não sei. O que fazer ao levantar? O que dizer ou perguntar? Quando falo traduzo tudo errado. Não sei o que me importa. Tudo é tão breve...se desmancha como neve diante de meus olhos...tudo...Para onde correr? Nem ao menos quero sair do lugar. Onde está a direção? Sigo no escuro tateando o que ainda acho verdadeiro...tudo é um sonho...as noites de natal...as luzes de natal...será que vejo o que é ou o que desejo? Lembro-me do sorriso de meus avós e do sol iluminado seus cabelinhos brancos pela manhã. Sinto falta deles é verdade...me surge um sorriso quando lembro do pentinho de plástico que minha avó ajeitava em seus finos cabelos...Sou tantas que não faz diferença a razão ou o sentimento. Qual é mais importante? Os dois apenas existem...existem em mim, em nós. Qual o motivo? Qual o começo e o fim? Certo, errado nem sei mais o que é isso...se é inventado melhor...deixe meu sorriso e minha imaturidade aflorarem...pois um sorriso amargurado fere os lábios e o coração ainda mais. Não sei como devo viver, já estou vivendo. O que sei? Não sei como amar, já estou amando...deixe-me rodopiar sem rumo pela vida, ela acabará mesmo em morte...tanto faz...Não quero me esquecer da beleza...Não aguento mais...suplico a mim: me liberte! Céus! Não é muito inteligente gostar de folhas e pele das pessoas, mas a inteligência não me trouxe metade do que significa para mim o teu abraço. O abraço não me trouxe esperteza que a razão dá para se esquivar do sofrimento do exagero sentimental. Mas o silêncio...esse me trouxe a paz...Não sei se existe algo que importe e não me importo em descobrir. Quero viver simplesmente. Não sei o que fazer. Faço, pois tenho de viver. Estou em caos. Mas me apaziguo nele. Não sei me expressar...me conhecer? talvez não tanto...isso já não é um desejo. A vida se tornou meu desejo. Tenho dívidas comigo...dívidas de amizade para comigo. Não quero mais deixar o tempo sozinho, talvez depois de amigos possa pedir para ele parar só um pouquinho até tomar mais fôlego...Ah! doce ilusão...o tempo não é amigo nem inimigo de ninguém. É um mistério que corroe os ossos...Sou uma criança que acabou de aprender os primeiros passos todos os dias.

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